Usos da escala maior
Publicado por Denise Ogata em
Por que aprender escala maior?
Acompanhe neste artigo a(s) utilidade(s) de você aprender as notas de uma escala maior.
Dentro da teoria musical, muitas vezes são tantos nomes, termos, conceitos…às vezes você até já fez vários exercícios, mas fica um tanto confuso em conectar todos estes termos e saber como usar na prática.
Claro que dentro desta teoria se encaixa a ESCALA MAIOR.
Então, você já se perguntou : “Qual o propósito de você aprender esta escala? Como vai ser útil saber usá-la e /ou praticá-la?”
Para ajudar a esclarecer um pouco esta questão, destaquei alguns pontos sobre a ESCALA MAIOR voltados para a prática e a utilidade em saber sobre este assunto.
FORMAÇÃO DA ESCALA MAIOR
Para começar, vamos compreender a estrutura da ESCALA MAIOR.
Esta escala é chamada diatônica porque envolve tons e semitons. Assim, numa sequencia de intervalos temos a seguinte estrutura da escala em tons e semitons :
Tom Tom Semitom Tom Tom Tom Semitom
Com esta estrutura, montamos qualquer escala a partir de qualquer nota inicial (assista o vídeo para ver a montagem da escala).
Para tocar esta escala dentro de 1 oitava, é preciso fazer uma passagem de dedos. Algumas tonalidades da escala utilizam o mesmo dedilhado, ou seja, você toca usando as mesmas passagens de dedos, mas a partir de notas diferentes. E outras têm suas particularidades, como na escala de Fá# maior, por exemplo, que pode ser executada começando com o 2o dedo no fá# (na mão direita).
Dito isso, aprender estes diferentes dedilhados, percorrendo as 12 notas já é um exercício para praticar coordenação, independência (no caso de tocar as mãos juntas) e trabalhar os dedos em diferentes passagens.
Sendo assim, esta é uma utilidade dentro do ASPECTO TÉCNICO.
A relação com a melodia
O que tem a ver saber a escala e a melodia de uma música?
Ao analisar muitas canções, podemos perceber que uma grande parte possui as notas de uma escala em sua melodia.
Nestes casos, podemos deduzir que houve a escolha de uma tonalidade e as notas de uma escala “X” para elaborar a melodia da música.
Estamos aqui falando então do ASPECTO MELÓDICO.
Na prática, em termos de ALTURAS, isto quer dizer que, sabendo as notas de uma escala maior, por exemplo, este pode ser seu um ponto de partida para compor uma melodia que usa notas da escala maior escolhida.
Além disso, há outras possibilidades, como usar as notas da escala para improvisar numa parte de solo, por exemplo ou fazer preenchimentos ao acompanhar uma melodia (tocando sozinho ou com alguém cantando).
Enfim, usar o conhecimento da escala para elaborar e enriquecer um ARRANJO !
Veja na figura abaixo, uma progressão de acordes em que no compasso do C#m poderiam ser usadas notas da escala de Mi maior para colocarmos um preenchimento melódico :
Sobre a harmonia
Por último, vamos para o ASPECTO HARMÔNICO.
O principal uso é que a partir da ESCALA MAIOR você monta o CAMPO HARMÔNICO MAIOR.
Fazendo parte deste campo, ao “empilharmos” em intervalos de terças somente as notas da escala, formamos os acordes, em tríades, tétrades…depende da quantidade de notas usadas no acorde.
Assim, saber sobre as escalas e, consequentemente sobre o campo harmônico e os acordes, é uma ferramenta potente para que você possa, a partir disso, criar harmonias, fazer rearmonizações, ou seja, substituir acordes, adicionar, enfim, compor músicas e arranjos.
Então, saber a escala é algo vantajoso para você?
Vimos algumas opções em se usar a escala maior : como um exercício técnico, explorando diversas passagens de dedos; como um ponto de partida para compor, improvisar, complementar melodias ou para formar acordes, adicionar ou trocar a harmonia de uma música…
Para esclarecer e focar seus estudos, minha sugestão é que você veja em qual aspecto é de seu maior interesse e/ou por qual você se identifica mais e seguir se dedicando, aplicando esta teoria na prática de acordo com o que você escolheu.
Até a próxima!
Assista ao vídeo:
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