Acompanhando voz : “Stand by me”
Publicado por Denise Ogata em
Acompanhando voz : "Stand by me"
Exercite um padrão rítmico usando os acordes e notas de preenchimento.
Vamos estudar uma progressão de acordes usada em muitas músicas de gêneros e estilos variados : a progressão I vi IV V.
Lembrando que estes números romanos se referem aos graus da escala e seus acordes correspondentes. (Confira com mais detalhes, logo abaixo).
Como exemplo, temos “Stand by me” escrita por Ben E. King, Jerry Leiber e Mike Stoller interpretada originalmente por King e depois por John Lennon. Esta canção segue a progressão I vi IV V durante toda a música sem mudanças rápidas entre os acordes, por isso é uma boa referência para praticar, principalmente quem está iniciando este tipo de estudo.
Além disso, vamos treinar um padrão rítmico baseado, ou melhor, inspirado na versão original (cantada por Ben E. King) e incluir notas de preenchimento para deixar o acompanhamento mais interessante e dinâmico.
Harmonia : progressão I vi IV V
Para começar, vamos rever a procedência destes graus citados dentro da tonalidade de FÁ MAIOR.
A partir da escala de Fá maior, montamos o CAMPO HARMÔNICO de Fá maior, obtendo seus acordes em seus respectivos graus. Em destaque, os graus da progressão da música:
Assim, vemos que os graus que serão usados correspondem aos acordes de F (I), Bb (IV), C (V) e Dm (vi).
Colocando na ordem em que aparecem na música teremos :
progressão I vi IV V
F Dm Bb C
Veja que falando em graus, podemos abranger qualquer tonalidade, basta saber o Campo Harmônico e encontrar os acordes correspondentes aos graus.
Isto pode ser útil caso seja necessário subir ou descer 1 ou mais tons para ajustar a parte vocal e com isso, precisar transpor para outra tonalidade.
Como já dito, esta progressão é bem comum, pode ser encontrada como uma parte da música ou, como em “Stand by me”, se repetindo na música toda.
Usando um padrão rítmico
Antes de demonstrar o ritmo usado aqui, eis a pergunta : por que adotar um padrão rítmico?
Porque o padrão ajuda a definir o ritmo da música e pelo fato de se repetir, torna-se uma ótima prática para formar um “repertório rítmico”.
Ou seja, praticando várias vezes, você acaba decorando, fica hábil e pode levar este padrão para acompanhar outras músicas. E , claro, se for necessário, fazer as devidas adaptações. Então, veja com as figuras rítmicas o padrão usado para este acompanhamento :
Preenchimento melódico
Sobre as notas de preenchimento, vamos usar notas que estão no acorde cifrado e outras fora do acorde.
Lembrando que elas estão encaixadas no padrão rítmico sempre no último tempo, em duas colcheias, ou seja, no 4o tempo do compasso e muitas vezes conduzem para a nota tônica do próximo acorde, como um “caminho melódico”.
Então, preenchendo com notas do acorde temos : no primeiro compasso, as notas fá e lá (notas do acorde de F), depois no terceiro, notas ré e fá (notas do acorde de Dm), no quinto compasso notas si bemol e ré (notas do acorde de Bb) e no último compasso, dó e mi (notas do acorde de C).
Agora veja o destaque de fá-mi– ré : fá é a tônica do acorde I, mi é a nota fora do acorde que faz a passagem para conduzir ao ré que já é a tônica do próximo acorde , grau vi, ou seja Dm.
O mesmo ocorre entre o quarto e quinto compassos, ou seja, notas ré e dó conduzindo para o si bemol, que é a tônica do próximo acorde.
As notas de preenchimento também são mostradas na mão esquerda, em um outro exemplo : confira no vídeo, clique AQUI para assistir .
O que mais ? Qual a conclusão desta prática ?
É fundamental também se atentar para a sonoridade. Trabalhar a dinâmica e articulações, como em staccato e acentos vão fazer a diferença no resultado sonoro.
Além disso, é importante alinhar seu acompanhamento e a melodia da voz, ou seja, perceber quais os locais é preciso deixar o destaque para os acordes, o preenchimento ou simplesmente apoiar a melodia cantada.
E para concluir, sugestão de PROFESSORA : treinar um padrão rítmico com acordes dentro de uma progressão que se repete e usar notas que fazem um preenchimento entre estes acordes pode ser um bom exercício rítmico, melódico e de arranjo. Então, mãos à obra!
Confira os exemplos e conceitos citados no vídeo :
Até a próxima!
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